Devem todos ter uma fé viva — uma fé que opere por amor, e
purifique a vida. Os homens e mulheres estão sempre prontos a fazer tudo
o que satisfaça o eu, mas quão pouco desejam fazer por Jesus, e pelos
seus semelhantes, que estão perecendo por falta da verdade! [...]
Depositar agora no banco do Céu — Não
é chegado agora o tempo em que devemos começar a diminuir nossas
posses? Que Deus ajude a vós, que podeis fazer algo agora, a fim de que
depositeis no banco do Céu. Não pedimos um empréstimo, mas uma oferta
voluntária — uma devolução ao Mestre de Seus próprios bens, que Ele vos
tem emprestado. Se amais a Deus acima de todas as coisas, e ao próximo
como a vós mesmos, cremos que disso dareis provas tangíveis nas ofertas
voluntárias para nosso trabalho missionário. Há pessoas a salvar, e
oxalá possais ser colaboradores de Jesus Cristo na salvação dessas
pessoas por quem Cristo deu Sua vida. O Senhor vos abençoará no bom
fruto que derdes para a Sua glória. Oxalá o Espírito Santo que inspirou a
Bíblia tome posse de vosso coração, levando-vos a amar Sua Palavra, que
é espírito e vida. Que isto vos abra os olhos para descobrirdes as
coisas do Espírito de Deus. A razão de haver hoje tanta religião com
estatura de pigmeus é não haver o povo aplicado a sua vida a abnegação e
o sacrifício. — The Review and Herald, 8 de Janeiro de 1889.
A chuva serôdia é retardada — O
grande derramamento do Espírito de Deus, que ilumina toda a Terra com a
Sua glória, não virá enquanto não tivermos um povo iluminado, que
conheça por experiência própria o que significa ser colaboradores de
Deus. Quando tivermos uma consagração plena, de todo coração, ao serviço
de Cristo, Deus reconhecerá esse fato derramando Seu Espírito sem
medida; mas isso não acontecerá enquanto a maior parte da igreja não se
transformar em coobreiros de Deus. Deus não pode derramar Seu Espírito
quando o egoísmo e a condescendência própria são tão manifestos; quando
prevalece um espírito que, traduzido em palavras, exprimiria a resposta
de Caim: “Sou eu guardador de meu irmão?” — The Review and Herald, 21 de Julho de 1896.
Subordinar todo interesse terreno — Meus
prezados irmãos e irmãs, eu vos falo com palavras de amor e ternura.
Deve-se fazer com que todo interesse terreno se subordine à grande obra
de redenção. Lembrai-vos de que se deve ver na vida dos seguidores de
Cristo a mesma devoção, a mesma sujeição à obra de Deus de todos os
reclamos sociais e de todas as afeições terrenas, que se via em Sua
vida. As reivindicações de Deus devem sempre tornar-se supremas. “Quem
ama o pai ou a mãe mais do que a Mim não é digno de Mim.” A vida de
Cristo é o nosso compêndio. Seu exemplo deve inspirar-nos a fazer
incansáveis e abnegados esforços para o bem dos outros. [...]
Toda faculdade dos servos de Deus deve ser conservada em contínuo
exercício no sentido de levar muitos filhos e filhas a Deus. Não deve
haver, em Seu serviço, nenhuma indiferença, nenhum egoísmo. Qualquer
desvio da abnegação para a condescendência consigo mesmo, qualquer
afrouxamento da súplica fervorosa pedindo a operação do Espírito Santo,
significa o mesmo poder dado ao inimigo. Cristo está inspecionando Sua
igreja. Quantas pessoas há cuja vida religiosa é sua própria condenação!
Deus exige aquilo que nós não damos — consagração sem reservas. Se
todo cristão tivesse sido fiel ao voto feito ao aceitar a Cristo,
tantas pessoas no mundo não teriam sido deixadas a perecer no pecado.
Quem responderá pelas pessoas que têm baixado à sepultura sem estar
preparadas para se encontrarem com o seu Senhor? Cristo Se ofereceu como
um sacrifício completo em nosso favor. Com fervor trabalhou para salvar
os pecadores! Quão incansáveis eram Seus esforços no sentido de
preparar Seus discípulos para o trabalho! Mas quão pouco temos feito! E a
influência do pouco que fizemos tem sido terrivelmente enfraquecida
pelo efeito neutralizador do que deixamos por fazer, ou iniciamos e
nunca levamos a cabo, e pelos nossos hábitos de descuidada indiferença.
Quanto temos perdido por deixar de avançar para realizar o trabalho que
Deus nos deu! Como cristãos professos, deveríamos espantar-nos com tal
perspectiva. — The Review and Herald, 30 de Dezembro de 1902.
O espírito de sacrifício — O
plano de salvação foi estabelecido num sacrifício tão amplo, profundo e
elevado que é incomensurável. Cristo não enviou Seus anjos a este mundo
caído enquanto Ele ficava no Céu; mas Ele mesmo saiu a campo, levando a
injúria. Tornou-Se varão de dores, familiarizado com a tristeza;
levando Ele mesmo as nossas enfermidades e as nossas fraquezas. E a
falta de abnegação em Seus professos seguidores, Deus considera como
negação do nome de cristão. Os que professam ser um com Cristo, e
contemporizam com seus desejos egoístas de riquezas, e vestes, mobílias e
alimentos dispendiosos, são cristãos apenas no nome. Ser cristão é ser
semelhante a Cristo.
E ainda assim quão verdadeiras são as palavras do apóstolo:
“Porque todos buscam o que é seu, e não o que é de Cristo Jesus.” As
obras de muitos cristãos não correspondem ao nome que levam. Agem como
se nunca tivessem ouvido falar no plano da redenção executado a um preço
infinito. A maioria almeja fazer para si um nome no mundo; adotam suas
formas e cerimônias, e vivem para a condescendência com o próprio eu.
Seguem seus propósitos com o mesmo ardor com que o mundo o faz, e assim
limitam seu poder de ajudar a estabelecer o reino de Deus. [...]
A obra de Deus, que deveria estar avançando dez vezes mais que na
presente força e eficiência, é detida como a primavera retardada pelo
sopro gélido do inverno, porque alguns do professo povo de Deus se estão
apropriando dos meios que devem ser dedicados a Seu serviço. Visto não
estar entretecido na vida prática o amor abnegado de Cristo, a igreja
está fraca, onde deveria ser forte. Devido a seu próprio procedimento
apagou sua luz e privou milhões do evangelho de Cristo. [...]
Como podem aqueles por quem Cristo tanto Se sacrificou, continuar a
desfrutar egoistamente Seus dons? Seu amor e abnegação não têm
paralelo; e quando esse amor entrar na experiência de Seus seguidores,
eles identificarão seus interesses com os de seu Redentor. Sua obra será
o estabelecimento do reino de Cristo. Consagrar-Lhe-ão seu ser e suas
posses, e a ambos usarão conforme Sua causa requeira.
Isso nada mais é do que o que Jesus espera de Seus seguidores.
Nenhum indivíduo que tenha diante de si um alvo tão elevado como seja a
salvação de pessoas, terá prejuízo ao idear meios e maneiras de negar a
si mesmo. Será essa uma obra individual. Tudo quanto nos for possível
dar, fluirá para a tesouraria do Senhor, para ser usado na proclamação
da verdade, a fim de que a mensagem da breve volta de Cristo e dos
reclamos de Sua lei possa ser proclamada em todas as partes do mundo.
Precisam ser enviados missionários para fazer essa obra.
O amor de Jesus no coração revelar-se-á tanto em palavras como em
ação. O reino de Cristo será supremo. O eu será colocado em sacrifício
vivo no altar de Deus. Todo aquele que verdadeiramente está unido a
Cristo sentirá o mesmo amor pelas pessoas que levou o Filho de Deus a deixar Seu trono real, Seu alto comando, e, por amor de nós, Se tornar pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêssemos. — The Review and Herald, 13 de Outubro de 1896.
Apelo a famílias consagradas — Deus
apela para o esforço pessoal dos que conhecem a verdade. Apela para que
famílias cristãs vão às comunidades que jazem nas trevas e em erro,
para que vão aos campos estrangeiros, a fim de se familiarizarem com uma
nova classe de sociedade, e trabalharem sábia e perseverantemente em
prol da causa do Mestre. Para atender a esse chamado, há necessidade de
abnegação.
Enquanto muitos estão esperando que todo obstáculo seja removido,
pessoas perecem sem esperança e sem Deus no mundo. Por amor às vantagens
mundanas, visando adquirir conhecimento científico, muitos, muitíssimos
mesmo, aventurar-se-ão a ir a regiões pestilentas, e irão a países onde
pensam poderem obter vantagens comerciais; mas onde estão os homens e
mulheres que trocarão de localidade e se mudarão com sua família para
regiões que necessitam da luz da verdade, a fim de que seu exemplo possa
influir sobre os que neles virem os representantes de Cristo?
De todos os quadrantes do mundo, vem o clamor macedônico, e homens
estão dizendo: “Passa, [...] e ajuda-nos”, e por que não há decidida
resposta? Milhares devem ser constrangidos pelo Espírito de Cristo a
seguir o exemplo dAquele que deu Sua vida pela vida do mundo. Por que
recusar fazer decididos, abnegados esforços para instruir os que não
conhecem a verdade para este tempo? O Missionário-Chefe veio ao nosso
mundo, e foi adiante de nós para nos mostrar a maneira em que devemos
trabalhar. Ninguém pode demarcar um rumo preciso para aqueles que
pretendem ser testemunhas de Cristo.
Os que têm recursos são duplamente responsáveis; pois esses meios lhes foram confiados por Deus, e devem sentir sua responsabilidade quanto a fazer a obra de Deus avançar em seus vários ramos. O fato de a verdade, com os seus áureos elos, unir as pessoas ao trono de Deus, deveria inspirar os homens a trabalharem com toda a energia que Deus lhes deu, para negociarem com os bens do Senhor em regiões distantes, difundindo o conhecimento de Cristo bem longe, entre os gentios.
Os que têm recursos são duplamente responsáveis; pois esses meios lhes foram confiados por Deus, e devem sentir sua responsabilidade quanto a fazer a obra de Deus avançar em seus vários ramos. O fato de a verdade, com os seus áureos elos, unir as pessoas ao trono de Deus, deveria inspirar os homens a trabalharem com toda a energia que Deus lhes deu, para negociarem com os bens do Senhor em regiões distantes, difundindo o conhecimento de Cristo bem longe, entre os gentios.
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